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Compartilho com a lista o seguinte artigo, que vi publicado no site iMasters:

http://imasters.com.br/artigo/19878/java/ibm-e-oracle-mudam-o-jogo-uma-alianca-surpreendente-no-openjdk



Java + Software Livre
IBM e Oracle mudam o jogo: uma aliança surpreendente no OpenJDK
Sexta-feira, 18/02/2011 às 11h15, por developerWorks Brasil
A IBM e a Oracle surpreenderam muita gente ao anunciarem, em 11 de outubro, que 
iriamunir forças para promover o projeto OpenJDK. Muitos comentaristas 
concordaram que essa ação, que redefine o ecossistema Java ao unir duas das 
maiores concorrentes, é uma boa notícia para o futuro da tecnologia Java.
Mais de 60% dos participantes da pesquisa realizada pela Javalobby (entre 600 
pessoas no total na última contagem) disseram que acreditam que a decisão da IBM 
em copatrocinar o projeto OpenJDK é benéfica para a tecnologia Java.
Ao decidirem concentrar os esforços de desenvolvimento conjunto no OpenJDK, as 
empresas efetivamente acabaram com as especulações sobre uma ramificação do Java 
liderada pela IBM e sobre o que isso significaria para o segmento de mercado de 
bilhões de dólares do Java. Sem essa preocupação, "podemos nos voltar para a 
inovação", disse Mike Milinkovich da Eclipse Foundation.
No centro do comunicado da Oracle-IBM estão escolhas difíceis feitas por um 
segmento de mercado em constante mudança, de empresas multinacionais com 
investimentos de tecnologia a longo prazo à pequenas empresas e indivíduos que 
têm que decidir sobre a continuação do desenvolvimento de softwares na 
plataforma Java.
Este artigo apresenta uma visão geral dos principais fatores e participantes 
envolvidos, ou afetados, pela decisão da Oracle e da IBM. No final de cada 
sessão haverá links para recursos da Web que abordam os aspectos da aliança.
OpenJDK como um projeto da Oracle-IBM
OpenJDK é a implementação de referência de software livre da plataforma Java. 
Ele abrange o Java SE, a linguagem Java, o JDK e o JRE. As requisições de 
especificação do OpenJDK estão sujeitas a votação pelo Java Community Process. 
Uma votação futura irá determinar se o novo roteiro proposto do OpenJDK será 
aceito pelo comitê executivo do JCP.
Mark Reinhold, o arquiteto chefe do Java Platform Group na Oracle, afirmou que 
os engenheiros da IBM que estão trabalhando no OpenJDK irão provavelmente 
"contribuir primeiramente com as bibliotecas de classes, trabalhando em conjunto 
com o restante do grupo para a criação de uma base de origem comum para uso nas 
diversas Java virtual machines."As duas empresas provavelmente vão continuar a 
trabalhar de forma independente nas suas respectivas JVMs, "nas quais a maioria 
das diferenciações de recursos corporativos" é encontrada, ele afirmou.
Ganhar um pouco, perder um pouco
A decisão de aceitar a IBM como uma parceira no OpenJDK foi certamente uma 
decisão estratégica da Oracle. O vice-presidente de software da Oracle, Adam 
Messinger, disse que a ação refletiu a pressão que ambas as empresas sofrem para 
se moverem rapidamente e atenderem aos desafios impostos pelo hardware 
multinúcleo que está surgindo. "O acordo é um reflexo da realidade estratégica 
enfrentada pelas duas empresas", ele afirmou.
A aliança do OpenJDK remove a Oracle do isolamento, disse RedMonk's Stephen 
O'Grady, efetivamente afirmando e centralizando a sua função no ecossistema 
Java:
Se a Oracle tivesse que escolher um fornecedor para ficar ao seu lado nos seus 
esforços de Java, a IBM seria a escolha mais fácil. Além da confiança cega que 
as empresas depositam na IBM - "você não será demitido por comprar na IBM," etc. 
- a gigante azul possui uma reputação invejável com os desenvolvedores. Agora 
com a IBM publicamente na mesma página que a Oracle, a última tarefa de 
preservação do ecossistema se tornou muito mais fácil.
Foi também uma ação benéfica para a IBM, mesmo considerando o sacrifício óbvio 
do Harmony. Ao deslocar os seus recursos de engenharia do Project Harmony para o 
OpenJDK, a IBM solidificou sua influência no futuro da tecnologia Java, embora 
claramente sob a supervisão da Oracle.
Ambas as empresas disseram que vão trabalhar em conjunto para garantir 
a fortificação do JCP e o seu aprimoramento como o principal órgão de normas, 
impulsionando o crescimento da plataforma Java.
Ainda não foi definido o que acontecerá agora com o Project Harmony, qual o 
significado da aliança Oracle-IBM para o Google (e para o proxy Android), qual o 
significado da aliança do OpenJDK (e da resposta do Google) para os outros 
fornecedores no espaço da tecnologia Java e como, e até que ponto, o JCP será 
reformado. 
Controle do OpenJDK?
O projeto OpenJDK possui um comitê de controle temporário com a tarefa de criar 
uma constituição para a comunidade do OpenJDK. Conforme Simon Phipps mencionou, 
o status do comitê parece incerto na data que este artigo foi escrito.
Leitura complementar: OpenJDK e a decisão da Oracle-IBM
        * A maioria dos committers do OpenJDK já está empregada na Oracle (antiga Sun) 
e na IBM, acompanhada pelos desenvolvedores do Google e da Red Hat. (O Tópico do 
DaliborOracle Java/FOSS Ambassador fornece mais informações sobre esse assunto.)
        * Bob Sutor, vice-presidente da IBM de sistemas abertos e Linux, fornece 
detalhes sobre as razões da decisão da IBM. Ele menciona o ponto positivo, que é 
o aproveitamento aprimorado para garantir o futuro de código aberto do Java e do 
JCP, e o ponto negativo, que é o impacto da decisão no Project Harmony para a 
IBM.
        * Stephen O'Grady fornece a visão de um analista para o efeito propagador da 
decisão da Oracle-IBM em todo o ecossistema Java, incluindo especulações sobre 
os motivos pelos quais a parceria com a IBM no OpenJDK foi uma ação benéfica 
para a Oracle.
        * Mark Reinhold explica o pensamento por trás do novo roteiro do OpenJDK e os 
seus JSRs divididos.
E o Project Harmony?
A IBM tem apoiado há muito tempo o Project Harmony, o Java Runtime de software 
livre desenvolvido e licenciado pela Apache Software Foundation. Para algumas 
pessoas na comunidade Java, o Harmony pareceu uma alternativa viável para a 
implementação oficial da plataforma Java, em caso de necessidade.
O Harmony também é visto como uma etapa de teste da posição da Oracle em 
comparação com as implementações e os licenciamentos independentes do Java.
Bob Sutor, o vice-presidente da IBM de software livre e Linux, resumiu a decisão 
da IBM em redirecionar os seus engenheiros do Project Harmony para o OpenJDK, 
chamando-a de pragmática:
Ficou claro para nós que a Sun, e depois a Oracle, nunca planejou disponibilizar 
os testes importantes e os testes de certificação do Java, o Java SE TCK, para o 
Apache. Discordamos dessa opção, mas não cabia a nós tomar essa decisão. Então, 
ao invés de continuarmos conduzindo o Harmony como um esforço Java não oficial e 
não certificado, decidimos mudar a direção e concentrar os nossos esforços no 
OpenJDK. 

Enquanto essa ação torna o futuro do Harmony incerto, a forma e a certeza da 
evolução do projeto estão nas mãos dos desenvolvedores. A decisão da IBM "não é 
benéfica para o Harmony", disse Geir Magnusson, criador do Harmony e membro do 
comitê do Apache. "Mas, mantenha a perspectiva: para a Apache Foundation, cabe à 
comunidade decidir o que será feito. Nós fazemos o que a comunidade solicita."
A reação inicial à decisão variou de "fim do jogo (e não somente para o 
Harmony)" à sugestões para que partes do Project Harmony fossem utilizadas no 
OpenJDK. Alguns também especularam que a plataforma poderia continuar a evoluir 
com o apoio de outro patrocinador corporativo: em outras palavras, o Google.
Leitura complementar: Project Harmony, passado e futuro
        * Ryan Paul, em uma reportagem da Ars Technica, fornece uma visão geral concisa 
do histórico de licenciamento do Harmony, as implicações das restrições de campo 
de uso da Sun, e agora da Oracle, e a função da IBM em defesa da plataforma até 
o momento.
        * Stephen Colebourne, membro da ASF, resume suas opiniões sobre a disputa de 
licenciamento da Sun/Oracle e a sobre o desfecho da decisão da IBM.
        * De acordo com o criador do Harmony, Geir Magnusson, o futuro do Harmony 
permanecenas mãos dos seus desenvolvedores.
        * Muitas pessoas, incluindo James Sugrue da DZone, estão se perguntando qual o 
papel do Google no futuro do Harmony, devido ao subconjunto de bibliotecas do 
Harmony usado no Android.
Google, Android e a teoria da nova guerra fria
Embora o Google não seja o único fornecedor de tecnologia Java interessado na 
decisão da Oracle-IBM, talvez seja o fornecedor que mais tem a perder, ou a 
ganhar, com o desenrolar dessa história.
O processo movido pela Oracle contra o Google em agosto (alegando diversas 
violações de direitos autorais e patentes relacionadas ao Android) foi um duro 
golpe para a essência do software livre através da qual o ecossistema Java 
prosperava.
As solicitações para ramificação do Java aumentaram após o anúncio e algumas 
pessoas ficaram com receio de que os desenvolvedores, que estavam anteriormente 
indecisos sobre a tecnologia Java, fossem debandar.
O fato de o Project Harmony estar sem um patrocinador corporativo forte pode ser 
ruim para o Google (visto que o Android foi desenvolvido com base em um 
subconjunto do Harmony) ou pode ser muito bom, caso o Google opte por patrocinar 
o Project Harmony.
Seja qual for a decisão do Google, ela afetará não só o Android, mas a forma 
como os fornecedores veem e aproveitam a tecnologia Java em suas próprias 
implementações.
Além disso, como muitos têm comentado, podemos estar entrando em uma nova era de 
guerra fria - com o Google, e não a Oracle, como elemento externo.
Leitura complementar: O que virá a seguir para o Google
        * Charles Nutter abrange todos os fundamentos no seu resumo do processo 
judicial Oracle-Google e do seu efeito propagador no ecossistema Java.
        * Greg Luck esboçou uma proposta para a ramificação do Java no post do seu blog 
em 4 de outubro, questionando se era a hora de ramificar o Java."
        * O blog Googling Google de Christopher Dawson discute as opções do Google em 
se opor ou se associar e conclui que o Google vai "continuar sendo o Google".
        * O Google, juntamente com a IBM, a Oracle e a Red Hat, é um dos principais 
contribuidores do projeto OpenJDK.
Reformando o JCP
A Oracle e a IBM declararam que irão trabalhar em conjunto para reformar e 
aprimorar o JCP, garantindo a sua continuidade como o órgão responsável pelas 
normas que define as especificações da plataforma e da linguagem Java.
Os representantes da Oracle afirmaram que a aprovação do JCP é essencial para o 
desenvolvimento do Java SE, iniciando com a futura votação sobre o roteiro 
revisado do OpenJDK anunciado no JavaOne.
Bob Sutor disse que a IBM espera ver "longas reformas necessárias no JCP [...] 
para torná-lo mais democrático, transparente e aberto". Alguns representantes da 
Oracle também deram a entender que não somente a reforma do JCP está sendo 
discutida no comitê executivo, como eles acreditam que a comunidade ficará muito 
satisfeita com a proposta resultante.
O tempo dirá como o comitê executivo, e a comunidade em geral, irá reagir aos 
aprimoramentos propostos no JCP. De acordo com Stephen Colebourne, membro da 
Apache Software Foundation, a futura votação do JCP será uma etapa de teste 
inicial, não somente para o roteiro revisado do OpenJDK/Java 7, mas também para 
a forma como os fornecedores como Red Hat, VMWare, SAP e Google irão reagir à 
aliança Oracle-IBM.
Colebourne também propôs uma divisão no JCP que deixaria a Oracle com o poder 
único e explícito de voto sobre a especificação da essência do Java (Java SE, ME 
e JVM, de acordo com Colebourne), declarando as bibliotecas auxiliares como um 
domínio separado sob a direção do JCP independente do fornecedor.
Leitura complementar: Reforma do JCP e Java de software livre
        * Os representantes da Oracle Adam Messinger e Henrik Stahl deram a entender 
que as negociações do JCP vão agradar a comunidade do Java.
        * Para ter uma ideia de como os membros do comitê executivo do JCP veem a 
reforma do JCP, consulte os comentários do painel do DZone de fevereiro de 2010.
        * Stephen Colebourne sugeriu que a votação futura do JCP pode ser uma medida 
para avaliar a posição dos membros do comitê executivo com relação à decisão da 
parceria Oracle-IBM. (Reportagem escrita por Jessica Thornsby para o JAXmag 
on-line.)
        * Colebourne também propôs uma divisão no JCP.
Um ecossistema Java mais saudável?
A aliança Oracle-IBM é amplamente vista como uma vitória para a tecnologia Java: 
ela acelera o projeto OpenJDK e permite a colaboração e o compartilhamento de 
recursos entre um conjunto muito maior de engenheiros.
A ação consolida as energias de duas das forças mais influentes do segmento de 
mercado (no que diz respeito aos investimentos de tecnologia e receitas) em um 
projeto fundamental, o OpenJDK. E ela efetivamente acabou com as especulações 
sobre uma ramificação do Java liderada pela IBM, que traria mais prejuízos do 
que benefícios para o segmento de mercado Java como um todo.
Ao comentar sobre a aliança, o vice-presidente de tecnologias emergentes da IBM, 
Rod Smith, reforçou o efeito estabilizador da aliança para o ecossistema Java e 
para os desenvolvedores, fornecedores e para os negócios. "Isso pode remover 
algumas dasincertezas sobre o futuro do Java", disse ele.
Danny Coward, ex-funcionário da Sun, descreveu a aliança como o começo de uma 
"nova era de cooperação e concorrência" que, segundo Adam Messinger da 
Oracle, irá acelerar a inovação na plataforma Java.
A estabilidade é uma coisa boa, assim como a inovação: ambas são essenciais para 
o bom funcionamento do ecossistema Java. E enquanto a estabilidade depende das 
grandes empresas, a inovação no segmento de mercado Java tem sido, 
historicamente, uma força disruptiva: uma arena onde os fornecedores pequenos e 
os desenvolvedores de rede individuais às vezes contam mais do que as empresas 
multinacionais.
É a interação entre esses dois poderosos interesses que mantém o segmento de 
mercado Java honesto e em funcionamento - e esperançosamente próspero.
Conforme mencionado por Fabrizio Giudici (e Gianugo Rabellino), existe uma 
questão final que é a questão da liberdade: liberdade conforme definido pela 
Free Software Foundation e codificado pelas licenças de software livre.
Essa questão poderá determinar se o futuro do Java está baseado em uma ou duas 
plataformas centrais, ou mais.
Leitura complementar: O que contribui para o bom funcionamento do ecossistema 
Java?
        * Fabrizio Giudici avalia a questão de diferentes ângulos na sua discussão 
sobre as definições de liberdade — Rabellino avalia o software livre versus 
padrões abertos — e as vantagens e desvantagens da ramificação do OpenJDK.
        * Escrito 10 dias antes do anúncio da Oracle-IBM, James Governor considerou a 
inovação disruptiva (e o controle do software livre) a regra para o futuro da 
tecnologia Java, e não mais a exceção.
Recursos
Aprender
        * OpenJDK: Saiba mais sobre a implementação da plataforma Java de software 
livre.
        * O JCP é o órgão de normas que desenvolve as especificações da tecnologia 
Java.
        * "IBM, Oracle, OpenJDK, and the implications" (Scott Langingham, podcasts da 
developerWorks, outubro de 2010): Rod Smith e Jason Gartner da IBM discutem as 
implicações da aliança Oracle-IBM no OpenJDK.
        * Kits de desenvolvedor IBM para a plataforma Java: Saiba mais sobre os 
Runtimes e VMs IBM
        * Navegue pela livraria de tecnologia para obter livros sobre estes e outros 
tópicos técnicos.
        * Zona de tecnologia Java do developerWorks: Encontre centenas de artigos sobre 
cada aspecto da programação Java.
***
artigo publicado originalmente no developerWorks Brasil, por Athen O'Shea
Athen O'Shea escreve e edita textos sobre alta tecnologia e já foi editor 
do JavaWorld.com. Como freelancer, ele já colabora com o developerWorks desde 
2001.
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